Reconheço que nem todos os erros são desejáveis e bem-vindos. Alguns erros podem ter consequências sérias e indesejadas, e é natural que nos sintamos frustrados ou preocupados quando cometemos um erro que prejudica a nós mesmos ou aos outros.

No entanto, neste texto, exploraremos uma perspectiva diferente: a de que existem erros, quando encarados de maneira construtiva, podem ser oportunidades de um desáfio empolgante.

O Quanto Você se Empolga ao Errar?

Não sei quanto a você, mas para mim o erro é uma oportunidade de diversão. É como se alguém tivesse me desafiando - “Você não conseguiu, te desafio a tentar novamente”. Se algo está dando errado sentimentos de frustração, desespero, ansiedade e impaciência me sobrevem. Contudo sejamos sinceros, depois do turbilhão de sentimentos indesejados a verdade é que quando acertamos a sensação de vitória tem um sabor muito mais gostoso.

A Natureza do Erro

O erro é uma parte inevitável da vida. Dentre as coisas que são certas que acontecerão em sua vida, uma delas é: você vai errar. Desde os pequenos deslizes até os erros monumentais, todos nós experimentamos o erro de várias formas. É natural associar o erro a emoções negativas, como vergonha e frustração. Mas e se você mudasse sua perspectiva?

Por Trás do Erro, a Diversão: Basta Mudar a Forma Como o Encaramos

Presenciei ao longo dessa semana a minha esposa juntamente com uma colega de trabalho tentando resolver um problema de laboratório de química que já durava dias. Dias de frustração, sensação de andar em círculos. No entanto, o que aconteceu hoje? Depois de muitas tentativas e modificações na resolução do problema eu encontro as duas praticamente gritando “EUREKA!” pois acabam de conseguir chegar aos resultados desejados. O sorriso de empolgação estava nítido.

Para mim, é assim que funciona: olhar para o erro como um desafio a ser vencido é a maneira pela qual eu converto a frustração em empolgação. É só me dar mais uma chances (e se possível tempo livre para a resolução). E você? Também?

Uma história interessante:

Trecho do livro: Art & Fear - de David Bayles e Ted Orland

“O professor de cerâmica anunciou no primeiro dia de aula que dividiria os alunos em dois grupos. Ele explicou que aqueles do lado esquerdo do estúdio seriam avaliados exclusivamente com base na quantidade de trabalho que produziam, enquanto aqueles do lado direito seriam avaliados apenas pela qualidade de seus trabalhos. Seu sistema de avaliação era direto: no último dia de aula, ele traria sua balança de banheiro e pesaria as criações do grupo da “quantidade”, com cinquenta libras de cerâmica ganhando um “A”, quarenta libras um “B”, e assim por diante. Por outro lado, aqueles no grupo da “qualidade” só precisavam produzir um vaso perfeito para receber um “A”.”

“Quando chegou a hora da avaliação, uma observação interessante foi feita: as peças de maior qualidade foram todas feitas pelo grupo avaliado pela quantidade. Aconteceu que, enquanto o grupo da “quantidade” estava diligentemente produzindo várias peças e aprendendo com seus erros, o grupo da “qualidade” havia passado seu tempo teorizando sobre a perfeição. No final, eles tinham pouco mais para mostrar por seus esforços do que teorias grandiosas e uma pilha de argila não utilizada.”

4 lições da nossa história:

Ação é fundamental

O grupo avaliado pela quantidade alcançou melhores resultados porque estava constantemente produzindo e aprendendo com seus erros. A ação é muitas vezes mais valiosa do que a teoria.

Aprendizado através da prática

A prática constante e a experimentação são essenciais para o desenvolvimento de habilidades e para a melhoria contínua.

Isso mesmo, erros são tentativas, tentativas são experiências e experiências produzem melhoria

Perfeição versus progresso

Enquanto o grupo da “qualidade” estava focado na perfeição, o grupo da “quantidade” estava progredindo e refinando suas habilidades ao longo do tempo. Às vezes, é mais benéfico buscar o progresso gradual em vez da perfeição imediata.

Não tenha medo de cometer erros

O grupo da “quantidade” estava disposto a cometer erros e aprender com eles, enquanto o grupo da “qualidade” estava com medo de errar. Cometer erros é uma parte natural do processo de aprendizado e melhoria.